Os últimos acontecimentos colocaram o governo federal em uma situação delicada internacionalmente. Não bastasse a OEA solicitar que as obras de Belo Monte sejam suspensas até que as comunidades indígenas sejam ouvidas, agora o próprio Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), órgão consultivo do governo, constata ausência absoluta do Estado em Belo Monte. Sobre isso Percílio de Souza Lima Neto, vice-presidente do conselho, afirma: “Constatamos ausência absoluta do Estado. É uma terra de ninguém. Há problemas de todas as ordens. Há exploração sexual de crianças, ausência do Estado no atendimento aos seguimentos mais básicos. O que constatamos é um flagrante desequilíbrio entre o consórcio e as populações ribeirinhas, as etnias indígenas e outras comunidades tradicionais existentes naquela região”.
O seminário “Energia e desenvolvimento: a luta contra as hidrelétricas na Amazônia”, com um público total de aproximadamente 400 pessoas, estudantes, professores, pesquisadores, indígenas, lideranças comunitárias e sindicais, entre outros, de Belém e de diversas outras cidades da Amazônia, mostrou claramente a insustentabilidade de Belo Monte. A Carta de Belém em defesa dos rios, da vida e dos povos da Amazônia é clara quando observa que os participantes do seminário “Afirmam que a UHE Belo Monte não tem nenhuma sustentabilidade social, econômica, ambiental, cultural e/ou política, por isso representa uma insanidade. Afirmam que o governo brasileiro trata hoje Belo Monte de forma obsessiva, irracional, movido unicamente pela necessidade de atender a interesses políticos e econômicos, em especial os das grandes empreiteiras. Afirmam que é possível impedir a construção da UHE Belo Monte, defendendo os rios, a floresta, as populações rurais e urbanas, a vida na Amazônia, no Brasil e no mundo”. Em uma guerra de guerrilha, nossas estratégias e ações têm trazido bons resultados. Estamos na ofensiva. Avancemos nela.
Companheiras(os), refletir, debater, decidir e agir de forma coletiva é determinante para o nosso sucesso, desta forma, convidamos todas as entidades que fazem parte do Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre: FUNDO DEMA, FASE, IAMAS, IAGUA, APACC, CPT,SDDH, MST, SINTSEP, DCE/UFPA, DCE/UNAMA, MLC, GMB/FMAP,UNIPOP, ABONG, CIMI, MANA-MANI, COMITÊ DOROTHY, FUNDAÇÃO TOCAIA, CIA. PAPO SHOW, PSOL, PCB, MHF/NRP, COLETIVO JOVEM/REJUMA, MMCC-PA, RECID, AITESAMPA, ANDES-SN, FAOR,FSPA, COLETIVO ROMPER O DIA, à reunião de amanhã, segunda feira, 18 de abril de 2011, as 17:30h na Unipop (Senador Lemos nº557 – próximo a Praça Brasil). Convidamos também todas as organizações e movimentos sociais, além dos indivíduos que queiram se somar ao Comitê, que venham para a nossa reunião. Seguimos juntos, na luta. Sempre.
REUNIÃO DO COMITÊ METROPOLITANO XINGU VIVO
DIA: 18.04.2011 (Segunda-feira)
HORA: 17:30h
LOCAL: UNIPOP
PAUTA:
- Breve avaliação do seminário
- Conjuntura atual
- Próximos passos
- O que ocorrer
BELO MONTE NÃO!
TERRA SIM!
VIVA O RIO XINGU, VIVO PARA SEMPRE!
VIVA OS RIOS DA AMAZÔNIA, VIVOS PARA SEMPRE!
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